Fechar o Gaffrée é uma decisão política baseada em dinheiro. Não existe fusão de dois hospitais.
O termo utilizado pela Reitoria, pela EBSERH, pela direção do hospital, pelo Ministério e até mesmo pelo jornal O Globo para o fim do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle é "fusão". Em primeiro lugar, não existe fusão de dois hospitais. Fisicamente, não é possível fundir o Hospital Gaffrée ao Hospital dos Servidores. O que existe é o fechamento de um hospital e a "melhoria da estrutura" de outro, que já está em funcionamento.
O problema é que já vimos do que a EBSERH é capaz. Ela destruiu atendimentos no Gaffrée. E sabemos que "melhorar o que já funciona", com a EBSERH, não vai acontecer!
O governo poderia melhorar o que já funciona com o Ministério da Saúde, realizando concurso público estatutário. Por que não faz? Por que gostam tanto da empresa?
O que está em jogo no caso do Gaffrée é o dinheiro que a EBSERH vai ganhar ao ir para o Hospital dos Servidores. A verba que a EBSERH vai abocanhar será maior. Além disso, ela vai conseguir entrar em um hospital do Ministério da Saúde — um malabarismo jurídico, já que a empresa foi criada para atuar em hospitais universitários.
Qual será o produto final dessa jogada política?
Teremos o Hospital dos Servidores pior, com redução nos atendimentos — porque já vimos que é isso que a EBSERH faz — e o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle fechado.
Diga NÃO ao fechamento do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle!
Maristela Groba
Fisioterapeuta, Conselheira eleita da Unirio e integrante do Movimento ReestatizaSUS.
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