Sobre a condição fiscal e a sangria
estadual, veja o relatório da Auditoria Cidadã da Dívida, intitulado “Recuperação
Fiscal e Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag): SOLUÇÃO OU POSTERGAÇÃO”,
de 21 de janeiro, 2025. Nele podemos ficar sabendo que:
“Entre 1999 e novembro de 2024, o Estado
do Rio de Janeiro pagou à União mais de R$ 30 bilhões de serviço da dívida
(Juros + Amortizações), em valor corrente. Deflacionando os valores pagos, ano
após ano, entre 1999 e 2024 – sem considerar os anos sem pagamento -, o Estado
do Rio de Janeiro pagou mais de R$ 69 bilhões. Mesmo assim, o estoque da dívida
pública explodi uno mesmo período, passando de R$ 13,5 bilhões para R$ 94
bilhões, em valores correntes. Os números não batem e, de pronto, se constata
que a questionável dívida originalmente refinanciada já foi paga mais de duas
vezes e ainda assim seu estoque se multiplicou por quase sete!” (Veja mais
aqui: https://auditoriacidada.org.br/nucleo/recuperacao-fiscal-e-pagamento-de-dividas-dos-estados-propag-solucao-ou-postergacao/)
Para os parasitas do capital financeiro,
o mesmo que defende o aumento de juros e ganha com os títulos da dívida
pública, o problema são os recursos que se utilizam para o povo e o quanto se
paga aos aposentados; a solução é tirar da Previdência. Veja aqui: https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/03/04/renegociacoes-em-serie-nao-solucionam-divida-dos-estados-veja-como-o-vaivem-afeta-servicos-como-saude-e-educacao.ghtml,
publicado em 4/3/2025
O argumento é muito simples para quem
defende aqueles que vivem a sugar do povo:
Já
que
“a arrecadação tributária é proporcional
ao crescimento econômico. Quando a economia afunda em recessão, a receita
desaba. Ao mesmo tempo, as despesas com serviços públicos, salários de
servidores e Previdência se mantêm.”
Então, para o presidente do Fórum
Nacional do INAE, que é apoiado pelo Instituto Brasileiro de Mercado de
Capitais, IBMEC, mas apresentado na matéria apenas como “consultor” e chamado
de “especialista em contas públicas”:
“[que] vem batendo na tecla de que o
problema é a Previdência. E ajustes nas regras de aposentadoria não
adiantariam. Velloso defende saneamento das Previdências estaduais, com
coordenação da União, para ‘equacionar’ desequilíbrios que tendem a piorar com
o envelhecimento da população”.
Afinal, lembrando-nos da classe social
que ele representa, como ele afirma: “o gasto com Previdência [vem]
ocupando cada vez mais espaço orçamentário”.
O chamado “serviço da dívida” é o principal mecanismo
de sucção da renda do povo e a base para o discurso de “corte de gastos”:
corta-se do povo (“gastos”) para garantir o pagamento daquele serviço ao grande
capital.
Quanto pagamos (juros e amortizações) –
DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL?
- em 2022 - até 31/12
R$ 1.879.468.134.500 = 5,1 BI
/ DIA
1 TRILHÃO, 879 BILHÕES, 468
MILHÕES, 134 MIL, 500 REAIS = 46,30% DOS GASTOS
- em 2023 - até 31/12
R$ 1.886.806.401.536 = 5,2 BI / DIA
1 TRILHÃO, 886 BILHÕES, 806 MILHÕES, 401
MIL, 536 REAIS = 43,23% DOS GASTOS
- em 2024 - até 31/12
R$ 1.996.776.149.754 = 5,5 BI / DIA
1 TRILHÃO, 996 BILHÕES, 776 MILHÕES, 149
MIL, 754 REAIS = 42,96% DOS GASTOS.
E como ficou a conta? Ainda “devemos”:
- dívida interna FEDERAL – DEZ/2024
R$ 9.484.392.067.990,04
9 TRILHÕES, 484 BILHÕES, 392 MILHÕES, 67
MIL E 990 REAIS
- dívida externa TOTAL – DEZ/2024
US$ 616.989.102.609,48
616 BILHÕES, 989 MILHÕES, 102 MIL E 609
DÓLARES
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